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Sábado de Sol

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É flor, é fada, é sorriso e carinho. Palhaça, circense, mágica e pé no caminho. Alessandra é tudo isso, e muito mais. Origami, artesanato, mandalas, bijoux, faz pose e figurino! Dá asas à imaginação, e com sua varinha de condão, cria e dá vida a histórias, máscaras e fantoches. A criançada adora, e quando digo criançada, refiro-me a qualquer ser humano dos 0 aos 100 anos.

Seu brilho contagia e encanta. É musa, é dança, é música e palavras, melodia sem som. Arte na veia, na vida, no olhar. Pedagoga na formação, é luz e emoção. E por alguns instantes, viramos crianças novamente. Por suas mãos viramos flor, borboleta, beija-flor, palhaços, bailarinos e atriz. Fomos fadas, fomos felizes! E de Chaplin brincamos de modelo e de cantores. Pelo jardim perambulamos, entre flores e amores. Fomos lúdicos, dádivas de um sábado sem trágicas notícias, apenas um calor aconchegante com cheiro de chuva e testas molhadas de suor e de empolgação.

Guaraná, bolacha torradinha, aconchego no quintal e recepção calorosa. Ao fim, uma cerveja gelada, bom papo, e pé na estrada. Adeus aos cactus, à menina luz. Suculentas e flores de pedra, queremos mais shows! Mandamos um telegrama e você monta a criação, espalhando sorrisos de cara pintada e pé no chão.

Ana.

Ps. 1 – “Post-homenagem” à Alessandra Batista, do Cria.Ativos. Imperdível!
Ps. 2 – Foto: Patrícia Batista. Da esq. para a dir.: João Lenjob, Ana Letícia, Alessandra Batista e Alê Quites. Maquiagem: Alessandra Batista.

 
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Publicado por em fevereiro 25, 2008 em bh, entrevistas, macabea, Projeto Macabéa, Reunião

 

BRUNO BRUM em Monte Santo

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Inicio o ano lançando o Cada em pleno carnaval, em Monte Santo de Minas, pequena cidade situada no sudoeste do estado. A realização do evento está a cargo do pessoal do Projeto Macabéa, especialmente Alan Marques e André Oliveira, o Jerico. Aproveito a oportunidade para anunciar também a chegada do tão aguardado segundo número da Revista de Autofagia, que finalmente ficou pronto e terá sua pré-estréia nesse mesmo lançamento. Anotem em suas agendas.

Bruno Brum

 Serviço:

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Lançamento do livro Cada
Data: 03/02 (domingo)
Local: Casa da Cultura (R. Dr. Pedro Paulino da Costa, 333, Monte Santo de Minas)
Horário: 19 horas
Apoio: Secretaria Municipal de Educação e Cultura / Prefeitura Municipal de Mte. Sto. de Minas
Na ocasião, os livros Cada e Mínima Idéia serão vendidos a R$15,00 e a Revista de Autofagia a R$10,00 cada exemplar.

 
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Publicado por em fevereiro 1, 2008 em brum, bruno, lançamento

 

Macabeus do Sul de Minas visitam Itamoji

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Alan Marques e eu, André Jerico, visitamos no dia 29/12 a pequena e bela cidade de Itamoji para concluirmos a pesquisa e reportagem sobre as manifestações folclóricas afro-brasileiras no sudoeste mineiro. Matéria da Revista Trapiches, a Congada e o Moçambique têm a tradição fortalecida pelo empenho e senso cultural desse povo simples da região.

Fomos extremamente bem recebidos pelo Prefeito Osmair e sua esposa Elen, que fazem questão de prestigiar esse movimento cultural tão rico. O prefeito sente-se na obrigação de manter a tradição e consegue uma excelente organização do evento com participação de pessoas de todo canto.

Comemos muito (huummmmm) da farta refeição oferecida a todos num barracão da prefeitura e proseamos até com a velha guarda desse movimento. Simpáticamente várias entrevista foram cedidas e serão apresentadas na Trapiches. Por isso, o Projeto Macabéa agradece a todo povo de Itamogi pela acolhida calorosa e paciência.

André Jerico

 
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Publicado por em janeiro 4, 2008 em congada, Itamoji, macabea

 

Reunião Macabéa Paulista 03/12/2008

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A Macabéa paulista se reuniu novamente ontem para por a prosa e projetos em dia. Muita coisa é segredinho e não pode ser divulgado, contudo tem a arte-final pra galera nesse cartoon feito pelo Prefeito Márcio Dal Rio.

Da esq pra direita: Karla, Clayton, Dauria e o próprio

 
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Publicado por em janeiro 4, 2008 em ampa, cartoon, macabea, paulista, Reunião, sampa

 

Macabéa no Palácio das Artes em BH

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A turma do Macabéa BH, Lenjob, Alê Quites, Aninha e Milla Loureiro iniciaram em BH as entrevistas para as primeiras edições da Revista Trapiches do Projeto Macabéa, reunidos com o cantor Dandi, o violoncelista Demósthenes, a artesã Carol e a costureira Marli no café do Palácio das Artes.

 
 

2ª CONFERÊNCIA FÍSICA DO PROJETO MACABÉA em BH com macabeagás

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Alê Quites, Milla Loureiro, Ana Letícia e João Lenjob  

A 2ª CONFERÊNICA FÍSICA DO PROJETO MACABÉA, realizada em Belo Horizonte, dia 26/12 das 20:00h até a polícia chegar, foi sediada na casa da Alê Quites.

Estiveram presentes: a presidente Ana Letícia, Alê Quites, Gabriela Yu, João Lenjob e os colaboradores Milla Loureiro, Mariana Tibo e da jornalista Julia Guimarães.

Iniciamos a conversa meio a bombardeios de idéias, imagens, planejamento de metas, personagens, quebra de manuais de entrevistas, apresentando contatos de artistas regionais, lugares e grandes nomes da nossa cultura. Tudo temperado com vinhos, queijos, presunto e cigarro de palha. A turma do MacaBHea é boa de prosa e golo.

O João, figurinha rodada e conhecida de BH, em diálogo com a Julia e outros participantes, pode entrelaçar seus planos e desejos a realidade de produzir boas matérias. A Julia fez teatro no Palácio das Artes, é formada em jornalismo, trabalha no Jornal O Tempo e no Jornal da Pampulha, além de fazer algumas matérias para revistas. Ela conhece alguns dos profissionais que buscamos e até a idealizadora dos site MENINAS e se propôs ajudar-nos.

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Gabriela Yu, Alê, João e Mariana Tibo

Falamos da necessidade de unirmos forças e cabeças para produzirmos matérias completas, interessantes e à moda Trapiches.

A Yu falou da sua dificuldade em montar o site do Projeto, da sua preocupação com a identidade visual da revista e da necessidade de encontrarmos pessoas comprometidas com o desenvolvimento da revista virtual.

Ressaltamos que as matérias produzidas em Belo Horizonte, levarão em grande maioria, o nome de todos os membros de BH. Firmamos a necessidade de trabalharemos em conjunto para produzirmos matérias mais completas. Ex: Se falarmos do pastel de angú da Dona Dalva, um providencia as fotos, outros a entrevista aos clientes, outros a história da receita e assim por diante, etc.

Falamos da eliminação de barreiras entre literatura e artes e da necessidade de trabalharmos temas regionais e nacionais, em todos os campos permissíveis da arte.

Trocamos idéias sobre as complicações encontradas nas reuniões via MSN, mas buscamos centrar nosso encontro na produção e na troca de conhecimentos. Os membros de “MacaBHea”, em maioria, foram unidos pelo Projeto Macabéa e até a conferência física, muitos só se conheciam via internet. Lamentamos a ausência da Lais(O João e a Ana conheceram-na pessoalmente em um bar no sábado passado).

As entrevistas aos artistas colaboradores terão início na próxima semana e as pesquisas e contatos já iniciaram.

Por Alê Quites

 
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Publicado por em janeiro 2, 2008 em bh, conferencia, macabea, trapiches

 

1ª CONFERÊNCIA FÍSICA DO PROJETO MACABÉA – 19/12 em São Paulo

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 Esq. p/ dir – Caio Gracco, Paulo DAuria, Marcelo Ferrari e Prefeito

A 1ª CONFERÊNCIA FÍSICA DO PROJETO MACABÉA, realizada em Sampa nessa última quarta, dia 19 às 20:30h e gentilmente sediada pelo novo macabeu Clayton Melo,  em seu delicioso apartamento foi um sucesso em todos os sentidos. Com organização da sucursal de São Paulo o evento marcou o 1º encontro fora da tela do computador pra uma discussão de trabalho e metas.

Regada a salgadinhos, cerveja da Ivete e cerejas do DAuria (me empanturrei). Penso que foi um reencontro DE GENTE que não se conhecia só pessoalmente, já que todos se sentiram como se se conhecessem há anos… a sensação de ver Marcelo Ferrari, Karla Jacobina, Paulo DAuria, Caio Gracco, Márcio Dal Rio, o Prefeito e Clayton, juntos, empolgados e discutindo planos, projetos e atitudes filosóficas, comportamentais, psicossociais, artísticas, contra-culturais e mercadológicas foi no mínimo engrandecedor.  Não estiveram presentes Marco Vergotti, Flávia Trigo, Paulo Castro e Vivien Morgato.

  

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André Jerico, Clayton Melo e Caio Gracco

 

Fui verdadeiramente sabatinado pelos presentes no que diz respeito à essência, fundamento, objetivos e projetos futuros do Macabéa. Senti que todos queriam saber de onde surgiu a idéia que nos uniu e irmanou, pra que e porque ela veio ao mundo. Marcelo Ferrari analisou que sentia o Macabéa como uma Tropicália, com cara de um movimento novo e com efervescência natural… 

…A discussão maior, levantada por todos, mas pontuada com propriedade por Marcelo Ferrari e Clayton Melo foi a da identidade visual Trapiches. Como esse Jerico deixou claro que é parte do Projeto a nossa apresentação física no lançamento da Trapiches em 6 cidades (Recife, São Paulo, BH, Salvador, Brasilia e Porto Alegre), bem como, em escolas, centros culturais, através de palestras, entrevistas, etc… Logo as idéias foram surgindo, acolhendo a proposta de Renato César do uso da ferramenta áudio-visual com maior abrangência (discutido em reunião virtual com Gabriela Yu).

 

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Karla Jacobina, Jerico, Clayton, Caio, DAuria e Ferrari

Entre as diversas idéias as que tomaram maior corpo foram entrevistas em locais doidos como: banheiros, ônibus apertado, covas de cemitério, na Av. Paulista sentados em cadeiras de praia, etc. As entrevistas seriam sobre temas como: “O que vc acha da arte no Brasil hj?” Falamos também de produção literária, de possíveis publicações, parcerias, do CAIS (cooperativa de blogs) e dezenas de outras coisas que devem ser discutidas em conferência com todos.  

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Clayton, Caio e Karla Jacobina

 Marcelo Ferrari ponderou sobre a necessidade de buscar um produtor cultural de peso, ou pelo menos com experiência para nos assessorar.Todos concordaram.  Marcelo tem um nome que me será enviado. Foram muitas coisas importantes, em mais de 4 horas de conversa, e como esqueci minha filmadora não consigo lembrar-me de tudo… Agradeço mais uma vez pela acolhida carinhosa e pelo sucesso da reunião que CERTAMENTE mudará os rumos do Projeto.

HOJE, DIA 26/12, ACONTECERÁ A 2ª CONFERÊNCIA FÍSICA  DO PROJETO, NA LINDA BELO HORIZONTE. ORGANIZAÇÃO DA SUCURSAL MINAS.

E aguardem a revista Trapiches em fevereiro pipocando na tela de seu computador.

André Oliveira, o Jerico
Coordenador do Projeto

 
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Publicado por em dezembro 26, 2007 em conferencia, são paulo

 

TRAPICHES, O POEMA por Paulo DAuria

Abraço a todos!

Trapiches trapézios entre a terra e o mar, Linha de pescar trapizongas no cosmo, Cosmopolita zurrar, Zorra no cosmódromo, Pó de estrelas, Pó de arroz, Cais do caos.

 

Tra-pixote chupando picolé,

Cabloco coçando o pé,

Folk-lore,

Urbs-lore,

Urblore.

Piracema tra-pirética,

Pororoca tra-pirática à beira do ar,

À beira do espaço sider-all.

 

Atracadouro,

Atraca ouro,

Atraca all,

All q mia,

Que late,

Que ruge,

Q-bom,

Q-boa,

Q-suco,

Garapa no quilombo,

Batucada na congada,

Jegue na jangada,

Mula desempacada.

Balaio de mico-leão listrado, de gato, de cão vira-lata na raça.

 

Abracadabra,

Farol que surge tra-pichando mil mega píxels no muro das idéias, Ar-chote, xote, xaxado, Achado.

 

Armazém, arma-cem,

Dispensa indispensável,

Trampolim fígado e rins,

Swimming pool cérebro e vísceras,

Maníaco do parque com Jack the Ripper,

Brainstorming com Bram Stoker

Destrinchando,

Reliquidificando,

Canibalizando,

Regurgitando

Engenho e arte.

Caldeirada do diabo,

Botocuda na caruda,

Mungunzá com quiabo.

A canção que Maria oferece a João.

 

Colcha de retalhos,

Filha de Macabéa com Jerico,

Diga ao povo que fico.

 

Você já leu a Trapiches, nego?

Não?

Então lê!

 

Paulo DAuria

http://paulodauria.zip.net/

 
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Publicado por em dezembro 22, 2007 em poema, poesia, trapiches

 

LANÇAMENTO DE BRUNO BRUM NO SUL DE MINAS É O PRIMEIRO EVENTO DO PROJETO MACABÉA

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Artista de Belo Horizonte, Bruno Brum, sobrinho do nosso macabeu Alan Marques , virá a Monte Santo de Minas-MG para o lançamento de seu livro, que será o primeiro evento realizado pelo Projeto Macabéa. Monte Santo é onde esse Jerico reside, onde foi arquitetado e elaborado todo o Projeto Macabéa.

Bruno diz no blog-release do livro (http://cada07.blogspot.com/):

Publicado em novembro de 2007, Cada é meu segundo livro. São ao todo trinta poemas, nos quais procurei explorar mais a fundo as possibilidades do verso: música, imagem, pensamento. Um livro em que o elemento ritmo assume fundamental importância. Também assino o projeto gráfico, que conta com ilustrações elaboradas a partir dos desenhos do anatomista espanhol Juan Valverde de Amusco (1525-1564) e tipografia neo-humanista desenhada por Hermann Zapf, compondo um conceito visual pautado pela tensão entre o que se atualiza e o que se repete, entre continuidade e ruptura: Cada. O livro foi editado em parceria com o LIRA (Laboratório Interartes Ricardo Aleixo), uma incubadora de projetos artísticos e culturais que, além da atuação editorial, também concentra as atividades didáticas, de pesquisa e criação de seu idealizador.

Ana Elisa Ribeiro, publicou isso no Caderno Pensar no jornal ESTADO DE MINAS:

Biscoitos finos de Bruno Brum

[Texto publicado no dia 01/12/2007,

no Caderno Pensar, do jornal Estado de Minas]

por Ana Elisa Ribeiro
 

Bruno Brum nasceu em Belo Horizonte, bem no começo da década de 1980. Essa é uma das razões pelas quais ele pode ser considerado representante de uma geração de poetas novos. Não apenas jovens e nem apenas genuinamente belo-horizontinos, mas experimentadores das facilidades digitais e leitores de umas tantas safras de outros poetas. Bruno Brum é novo não apenas porque conta poucas décadas de idade, mas principalmente porque consegue renovar, com sutileza e eficácia, a poesia feita em Minas.
Há poucos dias, um grupo de escritores discutia quem são os novos (e jovens) romancistas mineiros. A questão é embaraçosa até para os bem informados plantonistas da cena literária. Se existir algum, dizia a atrevida roteirista, ainda não conheci. Quando se perguntavam por uma nova geração, certamente queriam dizer representantes que passaram os anos 1990 às voltas com computadores e literatura. Já o caso da poesia é bem outro. Há não apenas poetas revigoradores, mas também agitadores de um cenário até bem pouco acostumado aos mesmos nomes.
Mesmo entre os mais jovens, Bruno Brum desafina o coro e cria timbres muito particulares. O poeta faz o mais difícil de tudo: escrever de forma personalíssima a ponto de um texto seu poder ser reconhecido como só seu. Não apenas atravessado pela referência honrosa de fulano ou sicrano; nem porque tem este ou aquele acorde do poeta mais lido das suas prateleiras, mas porque já conseguiu, ainda no segundo livro, deixar no papel pistas inequívocas de sua autoria.
No primeiro livro, Mínima idéia, Bruno Brum brinca, talvez, mais com as imagens do que propriamente com as palavras. Autor dos textos e do projeto gráfico, conseguiu como resultado um livro cheio de detalhes tipográficos e arranjos de páginas. Naquela experiência de leitura, era possível arriscar que Bruno tivesse lido demais os concretistas de São Paulo ou escrito seus poemas todos à sombra de algum poeta meio artista gráfico. E são muitos, e talentosos. Mas neste Cada, que Bruno lança pelo selo Lira, o Laboratório Interartes Ricardo Aleixo, os poemas estão mais espaçosos do que os jogos de diagramação.

É comum encontrar uma página inteira dedicada a uma estrofe, quase um haikai, não fosse o jeito insolente dos versos. Para ter alguma mínima idéia da amplitude da poesia de Brum, as epígrafes vão de Chacal a Horácio, necessariamente nessa ordem. A seleção de textos e a seqüência em que eles estão dispostos não deixam dúvidas: trata-se de um livro editado, não apenas de um amontoado de liras sobrepostas, à espera de qualquer efeito de sentido.
Ímãs
Não há partes ou capítulos. Os poemas vêm meio avoados, parecendo colados com ímãs. Os primeiros versos são quase cálculos: “Da esquerda para a direita/ o primeiro está entre/ o zero e o um”, bem ao modo booleano de quem trabalha com editoração eletrônica. Mas os zeros e uns de Bruno Brum são sempre positivos. A pequena série “Os ursinhos cabulosos” merece menção especial. Não se parece com mais nada. Rebeca, a lesma lésbica, é narrada por um eu lírico lesmoliso. “Pensombra” é imagem sem precisar brincar com fontes e cores: “sempre que reparo/ minha sombra/ me ultrapassa/ se amarrota/ no entanto/ se a assopro”. Não resta dúvida de que o poeta faz galhofa até com a própria sombra. E se finge de triste, vez ou outra, como se numa levada levemente Pessoa: “Onde você estava no dia onze de agosto de mil/ novecentos e trinta e quatro?”. Será que ele quer mesmo resposta? Ou é poeta à procura da provocação?
Em 48 páginas, em formato quase de bolso, Bruno Brum deixa a “mínima idéia” no passado e faz de Cada um belo mostruário de poemas inteligentes, biscoitos finos de fato, sem ambigüidade.

[Ana Elisa Ribeiro é poeta e professora do Cefet-MG. Publicou Poesinha (1997) e Perversa (2003). É cronista do site Digestivo Cultural]
 

Aproveite pra conhecer além da bela obra de Bruno, o carnaval dessa gostosa cidade do sudoeste mineiro, conhecer também a raiz do Projeto Macabéa.

Conheça o SABOR GRAXA de Bruno!

Informações pelo e-mail andre@ideiadejerico.com
Fone: 35 9131.6777 ou 35 3591.4293 

Cada, 48 páginas, 12 x 18cm, brochura, em papel Pólen Bold (miolo) e Reciclato (capa).
Valor: R$15,00 (despesas de envio já incluídas).
Pedidos apenas pelo e-mail: bn.brum@gmail.com

 
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Publicado por em dezembro 17, 2007 em bruno brum, cada, evento, macabea

 

RETRATO DO ARTISTA COMO CELEBRIDADE – Parte 1

O querido Clóvis Campelo, macabeu e colaborador em potencial lá da Cidade Poética do Recife, nos enviou esse artigo maravilhoso. Clóvis, acho que precisarei voltar pra essa terra que eu amo tanto pra coletar material pra revista e conhecer esse grupo da qual tenho orgulho de participar que é os POETAS INDEPENDENTES.

 

Beijo do Jerico e dos Macabeus

 

 

 

 

Paula Sibilia

 

Que um mal-estar afeta a arte contemporânea, isso todo o mundo já sabe, ou, no mínimo, que esta deveria sentir-se afetada, pois essa inquietação a vem assombrando a tempos. Mas esse incomôdo é até bem-vindo; o verdadeiro problema reside em ignorá-lo, fazendo de conta que tudo continua do mesmo jeito. Entretanto, pelos menos desde que Marcel Duchamp resolvera exporem um museu o agora famoso urinol por ele assinado, sacudindo os alicerces empoeirados da cultura burguesa, sabe-se que a arte já não é o que era – e talvez nem deva sê-lo.

 

Muita coisa se passou ao longo do último século, tanto dentro dos museus como fora deles. O curioso é que, após o desmoronamento do templo da Arte rematado pro aquelas vanguardas que já são históricas, e após todos os certificados de óbito concedidos ao Autor, ao Artista e aos Museus, o panorama da criação contemporânea que oferecem os meios de comunicação (e que o mercado entroniza) não podia ser mais sacralizador de todas essas pomposas figuras.

 

Assim, por exemplo, em meio a esse exército de mortos muito vivos, nestes alvores do século XXI, o britânico Damien Hirst ganhou o cetro do “artista vivo mais bem cotado do mundo”. O feito ocorreu quando uma de suas instalações de remédios coloridos se converteu na obra maias cara de um autor não falecido.

 

Trata-se de uma peça integrante da série conceitual “Quatro Estações”, composta por dois pares de vitrines de aço inoxidável e vidro, repletas de pílulas de diversas cores que aludem a cada uma das estações do ano. Na obra correspondente à primavera, 6.136 comprimidos multicoloridos foram alinhados nas estantes com primorosa precisão geométrica. É precisamente essa instalação, confeccionada em 2002, que foi vendida por quase US$ 20 milhões em meados de 2007, marcando recordes históricos em um leilão da loja Sotheby’s.

 

Damien Hirst tem pouco mais de 40 anos de idade e pertence ao seleto grupo conhecido como “jovens artistas britânicos (YBA, pela sigla em inglês), que lidera a cena global há uma década, desde que o puiblicitário Charles Saatchi comprara todas suas obras e as expusera na Royal Academy de Londres.

 

Essa mostra escandalizou muita gente, ganhando o glamouroso rótulo de “shock art” para encher as sedentas fauces da mídia. Entre os chocados espectadores figurava o pitoresco prefeito de Nova York naqueles tempos, Rudolf Giuliani, que se manifestou energicamente contra a exibição. Assim, como um verme que foge orgulhoso da Grande Maçã, as obras atravessaram a ponte sobre o East River e foram expostas, com considerável sucesso, no Museu de Arte Moderna do Brooklyn.

 

O reluzente títuto de “artista vivo mais caro do mundo” não é uma surpresa, pois há vários anos que as peças assinadas por este autor atingem cifras estratosféricas. A fim de satisfazer a enorme demanda que suas obras despertam no mercado, Hirst administra uma equipe com mais de cem assistentes para a sua elaboração: um time composto não apenas de operários e artesãos, mas também de químicos, taxidermistas, biólogos e engenheiros. Ele raramente coloca as mãos na massa.

 

Comenta-se, inclusive, que não costuma visitar ateliês com muita frequência, apenas supervisiona tudo a partir de um elegante estúdio localizado no centro da capital britânica. A despeito das convulsões que essa produção industrializada poderia provocar na atribulada definição contemporânea da atividade artística, ele garante que o “importante é a idéia, não a sua execução”.

 
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Publicado por em dezembro 15, 2007 em Uncategorized

 

Novo logo do Macabéa

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Confeccionado pelo designer e ilustrador Marco Vergotti, o logo do Projeto Macabéa agradou a todos. Marco é também o autor do Projeto Visual e design de toda a Revista Trapiches que em fevereiro estará no ar.

 
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Publicado por em dezembro 11, 2007 em Uncategorized

 

Clóvis Campelo (da série “Inconfidências”)

O que buscam as pessoas ao se juntarem em grupos?

Talvez um lenitivo para a solidão. Talvez. Afinal, a solidão é fera, a solidão devora. E se ela faz nossos relógios caminharem lentos, causa descompassos em nossos corações. Aplacar a solidão, portanto, pode ser um dos requisitos que buscamos nos relacionamentos. Houve uma época em que a única coisa que nos interessava era a disposição para a alegria. A natureza nos era generosa. Havia espaço, água, areia, luz, tudo em abundância e nós tinhámos uma energia enorme para gastar. Os amigos eram parceiros lúdicos, ainda não havia revoluções a serem engendradas. Também naõ havia discriminações sociais. Ganhava respeito quem se destacasse nas habilidades intrínsecas. Lembro de verdadeiros comandantes que depois descambaram para a marginalidade, a exclusão. Não tiveram a sua maestria e exuberância reconhecidas pela sociedade. Os critérios eram outros.

Houve um outro tempo em que a constituição cósmica já não nos interessava da maneira como se apresentava. Tínhamos planos maiores e melhores para o mundo e nos juntávamos em grupos para subverter esse estado de coisas. Éramos conspiradores contra tudo e contra todos. Éramos santos guerreiros e o dragão da maldade não estava em nós, estava no mundo. O inferno eram os outros. Movidos por essas utopias, muitos foram impiedosamente massacrados, exterminados. Sangramos desnecessariamente sem entender que o mundo tem a sua própria lógica e que se autotransforma, torna-se mutante quando a si mesmo interessa isso.

Um belo dia, abandonamos todos os bandos, revolucionários ou não, e começamos a criar filhos, plantar árvores e escrever livros. Começamos, ser percerber, a percorrer um longo caminho para o futuro em busca da fartura e da simplicidade do passado, onde tão pouco nos bastava e satisfazia.

E nesse caminho de volta, de retorno à terra, ao equilíbrio edênico, reaprendemos a arte de conhecer e conviver com novas pessoas, outros bandos de retirantes em busca de si mesmo, da sua paz interior, do seu eu cósmico. 

Clóvis Campêlo (Recife-PE)
http://cloviscampelo.blogspot.com

 
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Publicado por em dezembro 8, 2007 em Uncategorized

 

O Trapiche

Trapiches é o nome de nossa e-magazine e gerou bastante polêmica e controvérsias a respeito de sua significação e da carga semântica desse signo linguístico.

A partir da votação que escolheu do nome da revista no meio de outras sugestões tão boa quanto o próprio Trapiches, os Macabeus e Macabéas se interessaram por esse nome tão sonoro, mas tão pouco conhecido apesar da importância histórica no desenvolvimento da cultura brasileira.

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Frans Post

Esse Jerico em especial se tornou um dos ávidos pesquisadores de trapiches (warehouses).

Nos séculos XVI, XVII e XVIII, tempo em que os costados das embarcações eram chapadas e conseguiam adentrar canais que alimentavam as cidades costeiras como Recife, Salvador, São Luis, Santos, etc, não existiam portos como os que vemos hoje. Existiam um certo tipo de depósito que beirava esses canais e que proporcionavam um fácil escoamento das especiarias desembarcadas das naus que atravessavam o Atlântico para abastecer a colônia.

Esse quase armazem, tinha um pier de madeira pequeno (trapiche) que possibilitava o descarregamento. Trapiche acabou sendo a designação desses atracadouros com um armazém para embarque e desembarque de mercadorias. Dos trapiches, as mercadorias eram rapidamente escoadas para as feiras e mercados públicos, ou revendidos alí mesmo.

Em Recife ainda se encontra até hoje vestígios dos Trapiches e a pouco tempo foi encontrado uma ruína subterrânea do que era no século XVI a passagem de escoamento de um Trapiche.

No suntuoso castelo do Instituto Ricardo Brennand (um exagero, diga-se de passagem), vê-se a bela exposição “Frans Post e o Brasil Holandês“. Nessa exposição, que esteve em novembro em São Paulo, patrocinada pela FIESP, Post retratou em suas obras a realidade do Brasil colônia holandesa com toda a riqueza cultural que essa passagem histórica deixou como legado para o nordeste desse país. A Curadora Bia Correa de Lago foi muito feliz na organização e produção da mostra. Em mais de três obras de Post, percebemos com clareza como era o embarque e desembarque das naus na Ilha do Recife através dos trapiches e como era feito o comércio mercantil.

Abaixo o Macabéa mostra trapiches pelo Brasil:

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Publicado por em dezembro 8, 2007 em Uncategorized

 

ARTE DA POESIA – Ezra Pound

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Bela do Bocoióla mandou esse texto essencial pra os artistas das letras. 

“Não use palavras supérfluas, nem adjetivos que nada revelam. Não use expressões como dim lands of peace (brumosas terras de paz). Isso obscurece a imagem. Mistura o abstrato com o concreto.Provém do fato de não compreender o escritor que o objeto natural constitui sempre o símbolo adequado.

Receie as abstrações. Não reproduza em versos medíocres o que já foi dito em boa prosa. Não imagine que uma pessoa inteligente se deixará iludir se você tentar esquivar-se obstáculo da indescritivelmente difícil arte da boa prosa subdividindo sua composição em linhas mais ou menos longas. O que cansa os entendidos de hoje cansará o público de amanhã. Não imagine que a arte poética seja mais simples que a arte da música, ou que você poderá satisfazer aos entendidos antes de haver consagrado à arte do verso uma soma de esforços pelo menos equivalente aos dedicados à arte da música por um professor comum de piano. Deixe-se influenciar pelo maior número possível de grandes artistas, mas tenha a honestidade de reconhecer sua dívida, ou de procurar disfarçá-la. Não permita que a palavra “influência” signifique apenas que você imita um vocabulário decorativo, peculiar a um ou dois poetas que por acaso admire. Um correspondente de guerra turco foi surpreendido há pouco se referindo tolamente em suas mensagens a colinas “cinzentas como pombas”, ou então “lívidas como pérolas”, não consigo lembrar-me. Ou use o bom ornamento, ou não use nenhum”.

POUND,Ezra. Arte da Poesia, Ensaios. Tradução de Heloysa de Lima Dantas e Paulo Paz. São Paulo: ed. Cultrix, 1976, p.11-12 .

 
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Publicado por em novembro 24, 2007 em artigo, ezra, igo

 

ASSADOS E COZIDOS DENTRO DE UMA PANELA

O Macabéa foi feito para acolher gente antes de qualquer coisa. Sem gente a gente não faz nadica de nada. E o Macabéa é exigente porque quer gente da boa, da moléstia, retada, vacinada, sarada, sucumbida, visse!

Hoje temos no nosso grupo de Gestores, Macabeus de norte a sul desse país (dá uma olhada) e até no Reino Unido.

 Claro que não podemos deixar de mencionar alguns trabalhos grupais de seres d´outro planeta que dão uma pitada de pimenta malagueta a nossa prosa.

030lata1.jpgNA LATA DO POETA

Temos o prazer de contar no Projeto Macabéa com a participação quase que maciça do NA LATA DO POETA, projeto do meu mano Marcelo Ferrari, que mira sol e a cada mirada 030lata1.jpg030lata1.jpg030lata1.jpg030lata1.jpgfica mais doido do que já é. O cara conseguiu colocar numa lata loucos que garimpam e aprimoram a poesia contemporânea. Esse Jerico tem a honra de participar do grupo de discussão do Na Lata. São Lateiros: Tavinho Paes, Marcelo Ferrari, Paulo Castro, Môniquinha Montone, Estrela Leminski, Ulisses Tavares, Karla Jacobina, Zé Rodrix, Renato Silva, Rosane Coelho, Kleber Gutierrez, Sérgio Vaz, Alê Lima, André Diaz e Maria Cecília.

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029falopio.jpgVERSOS DE FALÓPIO

Karla Jacobina, com nobreza e propriedade que lhe são próprias, mandou bem na criação desse grupo feminista fundamentalista, ooops!… brincadeira! hehehe
São Falopianas as doidas: Karla Jacobina, Juliana Hollanda, Samantha Abreu, Flávia Trigo, Martha Galrão, Laís Mouriê, Gabriele Fidalgo e Sissy Virtuale. Uma mulher pra cada dia da semana!!! Nem macabeu dá conta. Só sei que as meninas arrebentam e mostram que tão afinadérrimas na lide com as letras. Dessas só Gabriele e Sissy AINDA não são Macabéas.

POETAS INDEPENDENTES

Esse movimento coordenado pelo querido Clóvis Campello com expoentes que não vou nem citar sob pena de deixar algum fera pra trás, me acolhe também em seu grupo, como acolhe diversos Macabeus, dentre eles o próprio Clóvis, Martha Galrão e Silvia Câmara e produz raízes sólidas dentro do Macabéa e muita inspiração. Os Poetas Independentes já produziram sua Antologia provando que todo artista tem seu lugar na praia e abre um espaço eclético, multidinâmico e alegre para a discussão poética em si.

André, o Jerico

 
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Publicado por em novembro 20, 2007 em Uncategorized

 

Contracultura

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por Lu Lemasson

  A contracultura nascida nos anos 60 já não existe. “Paz e amor”, flores e motivos psicodélicos não são mais sinônimos de oposição e rebeldia. Os hippies e os líderes dos movimentos contra as sociedades hipócritas ficaram para trás. Grande parte dos adolescentes estão alienados e não se interessam mais pela política como os que conspiraram contra a ditadura de 68 no Brasil. Aliás, os jovens de todo o mundo estão cada vez mais parecidos, numa busca frenética pelo inusitado, seja ele o que for. E é na pele desses “desencanados” que vive a contracultura dos dias de hoje.

Alternativa: essa é a nova ordem. Os ensinamentos do mestre Timothy Leary estão mais atuais do que nunca. O “surfar no caos”, que uma vez se referia ao uso de LSD para “abrir” a mente, é seguido à risca pela mocidade do espaço cibernético.

A revista Parafernália é um exemplo disso. Segundo M. França, a publicação está interessada em contribuir para “deglutinar o espaço libertário e global” e se rebelar contra o “marasmo intelectual em que a sociedade moderna convive”. A revista – que não tem periodicidade definida porque na opinião de França a arte não pode ter deadline – não pretende criar mitos, movimentos ou rebeldias, mas “lançar no ventilador uma série de recortes, desvarias e convulsões”.

Um poema da contracultura brasileira abre o editorial da Parafernália de setembro de 98:

“a parafernália vai não vai

a parafernália movimenta bits

desarte inventa insight

a parafernália, um mundo

a parafernália é um mundo de

chips, recortes, desvarias.

a parafernália inverte

o traço o bit

o mundo todo gira, rebenta a rede.”

A constante da nova contracultura parece ser a desestruturação do que existe. Não é uma questão de mudar a roupagem e arrepiar os cabelos como os punks fizeram no início dos anos 90. O rock, símbolo da rebeldia dos anos 60, hoje é um mosaico de tendências musicais, tantas quantas são as tribos, grupos de jovens que sugerem novos valores e se destacam pela autenticidade.

A nova geração de contracultura não segue líderes como a anterior. De acordo com R.U.Sirius, que escreveu um artigo para a edição de 9 de novembro de 1998 da revista Time, “a nova contracultura não tem líderes aprovados pela mídia”. Sirius acredita que existe um segmento dentro desse novo movimento muito mais sofisticado e não conformista do que a Nação Woodstock já foi. O co-fundador da revista Mondo 2000 também comenta que os festivais de hoje, como a “Lollapalooza, são mais liberais com relação aos sexos e etnias do que os que os hippies realizavam”.

Os jovens de filosofia “simplista popular hindu” teriam sido, ainda citando Sirius, substituídos pelos inteligentes e espertos programadores de computador, “polimatemáticos” de visão antropológica. Estes jovens criaram boletins como os MUDs e MOOs, espécies de ponto de encontro, painéis para troca de idéias dentro do espaço virtual. Chega a ser complicado para um leigo entender os novos termos usados nessa matéria, provavelmente parte do corrente vocabulário cibernético.

O site “disinformation”, que quer dizer “desinformação” em português, acessado pelo endereço www.disinfo.com é um bom exemplo do movimento da contracultura. No menu, a opção “contracultura” leva a uma lista de links com temas diversos para discussão como por exemplo profecias bíblicas, controle da mente, o bug do milênio, “cientologia” e vida extraterrestre. Encabeçando a lista da página que tem o nome “revolucionários” está o papa do LSD Timothy Leary. Um pouco abaixo estão “Aleister Crowley: a grande besta 666”, “o verdadeiro Jesus” e Allen Ginsberg, entre outros.

A contracultura atual não tem um objetivo comum como a que combateu a guerra do Vietnã. Os adolescentes de hoje nem sempre crescem ouvindo a mensagem do consenso geral, uniforme, construída e transmitida por uma mídia centralizada. Agora existem tevês a cabo e Internet. Para os jovens internautas, estar informado atualmente não é ler os jornais com as notícias do dia. A quantidade de informação disponível é tão grande que já existem cursos que ensinam a selecioná-la. Para eles, a qualidade das informações e o debate sobre as mesmas são mais importantes que o volume.

 
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Publicado por em novembro 18, 2007 em artigo, contracultura

 

REVISTA TRAPICHES

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1) Trapiches é o primeiro produto do Projeto Macabea.

Trata-se de uma revista digital que tem como objetivo aglutinar novos criadores de todo o Brasil, o que inclui escritores, fotógrafos, artistas plásticos, jornalistas, etc.. Trapiches pretende, ainda, fazer uma cobertura cultural abrangente, que não se limita aos produtos culturais hegemônicos (livros, CDs e filmes), mas sim e sobretudo à manifestações culturais locais. Exemplos: aquela festa do divino, aquela casa de cultura que o prefeito prometeu e não saiu, aquele cinema que está morrendo, aquele bloco de carnaval que é histórico, aquele conjunto de casarões do tempo do café, aquela fazenda histórica, aquele poeta que nunca publicou ou ainda é desconhecido, etc, etc,…

 

2) Para que ganhe dinamismo, Trapiches terá 7 editorias principais que serão tocadas pelos coordenadores de suas respectivas áreas do Projeto Macabea. São as editorias e os

editores: 1) Literatura (Karla), 2) Artes Plásticas (Ale), 3)Reportagem (Afonso), 4) Acervo (Alan), 5) Produção (Jerico), 6) Foto  e Acervo (Renato), 7) Cybercultura e Cinema (Thiago). Me perdoem se esqueci alguém.

 

3) A edição final de Trapiches ficará sob meus cuidados e a arte gráfica será feita por Marco Vergotti e Alexandre.

Elaborarei junto com Bela linhas gerais de um Manual de Redação e de um Modo Trapiches de Fazer Reportagens para que  revista tenha unidade em seu conteúdo. Aviso  a quem não está acostumado com a área: texto de jornalismo não é texto artístico, é passível, de corte, reordenação, nova titulação, etc.

 

4) Da  proposta editorial. Como Trapiches significa “mercado” ou “armazém” teremos a criação gráfica baseada numa venda de interior, com seus chapéus, fumos e havaianas pendurados. As colunas terão nomes alusivos ao tema. São elas. Perfumaria (Poesia), Conservas (Crônicas),  Grãos (Contos), Cristais (artes visuais), Tapeçaria (artes plásticas), Lataria (Televisão), Boneca de pano (teatro), Secos e Molhados (música), Olho mágico (HQ e cinema). Posso ter esquecido alguma, mas é para vocês terem uma idéia.

 

5) Trapiches será uma revista quinzenal feita por duas equipes distintas de repórteres e colaboradores, ainda a ser definida.  Haverá sempre colaboradores de fora da equipe Macabéa e poderá haver gente já com projeção em seu meio.

 

6) Trapiches terá uma Blogoteca com blogs dos participantes de Macabea e blogs em destaque na net.

 

7) Trapiches terá entrevistas, matéria da quinzena e colunas e suas seções.

 

8) Cada nova edição terá uma capa, como revista impressa, para dar movimento ao site.

 

9) Além das edições referidas, Trapiches terá filiais. As mesas coordenadorias enviarão destaques da agenda cultural de capitais diversas. Como precisamos começar com uma estrutura enxuta, sugiro que sejam 4 a princípio: São Paulo, BH, Salvador e Porto Alegre.

 

10) Trapiches é destinada a um público a  partir de 25 anos, que se interessa por arte e cultura. Esse público não existe? Sai na rua e lamente a falta de uma revista de cultura abrangente pra ver como ele existe. Um exemplo de revista assim? A falecida Palavra, editada por Ziraldo em BH. Quem viu sabe muito bem como seria esse enfoque.

 

Bem, essas são as linhas gerais do projeto de Trapiches.

Mais uma vez perdão peã correria ou se esqueci de colocar algo. Dúvidas poderão ser sanadas na reunião de hoje.  Estou sempre aberto e à disposição para críticas e sugestões.

Gente, revista é projeto coletivo, não se acanhem.

 

Beijos e obrigado, Márcio Dal Rio – o prefeito.

 

Márcio Dal Rio Pinheiro

Jornalista

 
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Publicado por em novembro 16, 2007 em Uncategorized

 

1 Mês de Projeto Macabéa! Pouco tempo, tanto feito!

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regalos-aniversario.jpgregalos-aniversario.jpgregalos-aniversario.jpg

regalos-aniversario.jpgregalos-aniversario.jpgregalos-aniversario.jpgQuero dar os parabéns pelo nosso primeiro mês de vida. Nunca imaginei que pudéssemos produzir tanto em tão pouco tempo.

Nosso Projeto é bonito, engrandecedor, viável em todos os sentidos e extremamente sedutor, visto que hj recebemos a todo instante contatos de pessoas que querem entrar no grupo e de ARTISTAS colaboradores. Já somos uma familia, meio doida e fanfarrona (como já diria meu herói de plantão), mas competente, discernida e comprometida com a CAUSA.

Sim, temos uma CAUSA, uma bandeira, uma filosofia de trabalho, que ainda estamos burilando, cara e identidade própria. Somos Macabeus! É uma honra trabalhar com vcs!

Parabenizo todos os membros, parabenizo as coordenadorias e seus responsáveis, nossa diretoria administrativa, executiva e nossa Presidenta.

Foram excelentes as reuniões feitas e a de ontem feita pelo EDITOR CHEFE com a DIRETORIA DE CRIAÇÃO, DESIGN E PROGRAMAÇÃO, em especial, foi instigante e inspiradora. Parabéns ao Prefeito Márcio Dal Rio e a Marco Vergotti pela bela dicussão, propostas e auto-estabelecimento de metas (isso é importante!).

André, um Jerico

 
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Publicado por em novembro 13, 2007 em Uncategorized

 

Coordenadorias do Projeto reúnem-se nessa última semana.

As Coordenadorias de Literatura, comandada por Karla Jacobina, a Coordenadoria de Acervo, comandada por Alan Marques e a Diretoria Administrativa e Executiva sob o comando de Ana Letícia, nossa Presidenta, já fizeram suas reuniões e iniciaram seus trabalhos e projetos.

Karla a sua equipe da Coordenadoria de Literatura: Paulo DAuria, Laís Mouriê, Julianna Hollanda, Tavinho Paes, Estrela Leminski e Samantha Abreu discutiram várias idéias junto com o Coordenador de Produção André Jerico e inicialmente, um de seus projetos é disponibilizar na Revista Trapiches uma obra artística (música, fotografia, pintura) e abrir inscrições na própria revista para que poetas enviem seu textos resultantes daquela obra inspiradora. Para tanto, a obra não poderá ser geradora de conceitos, mas apenas estimulante, causadora de significados, sensações e inspirações diversas.

 
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Publicado por em novembro 11, 2007 em Uncategorized